INFRAESTRUTURA

Trem Pé-Vermelho tenta atrair recursos do PAC 2

A Secretaria de Infraestrutura e Logística cadastrou no Ministério das Cidades proposta técnica para atrair recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para o projeto Trem Pé-Vermelho, que pretende interligar 13 cidades de pequeno e médio portes situadas nas áreas de influência dos polos regionais de Londrina e Maringá. A proposta foi homologada na modalidade “Médias Cidades” e o custo estimado do investimento, no regime de parceria público privada, é de R$ 671,8 milhões.

A medida busca atender reivindicação de municípios. O Trem Pé-Vermelho será um trem regional de passageiros, com função de ligar, via ferrovia, o eixo Ibiporã-Paiçandu, como alternativa de transporte público da região. De acordo com estudo preliminar realizado pelo Labtrans (Laboratório de Transportes da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC), que fez o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), a demanda diária no trecho é de 30.658 passageiros.

PREFERÊNCIA – Pesquisa feita pelo Labtrans, em 2011, em conjunto com as universidades estaduais de Londrina e Maringá (UEL e UEM), aponta que mais de 60% dos passageiros de ônibus e 43% dos viajantes de automóvel que transitam diariamente entre Ibiporã e Paiçandu aceitariam trocar o transporte atual pelos trilhos.

A ferrovia terá cerca de 150 quilômetros de extensão, com aproximadamente 13,2 milhões de passageiros no primeiro ano de operação. Segundo dados do projeto, o conjunto das cidades envolvidas tem cerca de 1,75 milhão de habitantes.

A região concentra cerca de 26% do PIB (Produto Interno Bruto) do Paraná, que foi de R$ 251 bilhões em 2011. Há mais de 44 mil empresas operando na região, sendo 8.400 indústrias e 23 complexos industriais. Há fortes clusters industriais, em áreas como a moveleira, de alimentos, têxtil e agrobusiness. As empresas de tecnologia de informação também têm se destacado na região.

Também há alta concentração de faculdades devido à necessidade de mão de obra qualificada nas empresas, o que ocasiona alta mobilidade de estudantes e acadêmicos de vários cursos superiores entre as cidades.

Uma das possibilidades é que o trem a ser implantado seja o VLT (veículo leve sobre trilhos), que trafega entre 80 e 100 quilômetros por hora e viajaria em uma linha única. Além do Labtrans, estão envolvidos no projeto as prefeituras de Londrina e Maringá, pelas Urbamar, Ippul, Agência Terra Roxa de Desenvolvimento, Codem, e Coordenação da Região Metropolitana de Maringá, com o apoio do Ministério dos Transportes (contratante do EVTEA).