SAÚDE

Maringá fora do mapa de risco da dengue no Estado

O secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi, anunciou nesta segunda-feira (13), que pela primeira vez nos últimos quatro anos, Maringá está fora do mapa de risco da dengue no Estado. O anuncio foi feito durante reunião do Comitê Municipal de Combate à Dengue, quando foi divulgado o primeiro Levantamento de Índice do Mosquito Aedes aegypti (lira) deste ano, com média geral de 0,6%.

A ausência do município no mapa de risco da dengue no Paraná e o índice geral de 0,6%, de acordo com Nardi, refletem o resultado do trabalho e das ações da Secretaria de Saúde e todos os parceiros do Comitê. “Estamos com uma situação confortável mas não tranquila, os órgãos e instituições integradas ao trabalho dos agentes ambientais estão mobilizados e parte da sociedade tem ajudado, mas na dengue é preciso estar sempre alerta”, considera o secretário.

Nardi ressalta que o trabalho dos mais de 100 organismos integrados ao Comitê tem evoluído junto com as ações da Secretaria. “Incluímos os agentes de endemias nas equipes do Programa Saúde da Família, ampliamos as campanhas junto à comunidade e estamos colhendo o resultado, mas em dengue não podemos baixar a guarda”, reforça.

O primeiro levantamento de índice de 2012 apontou uma média geral de 0,6%, portanto abaixo do limite aceitável pela Organização Mundial de Saúde de 1%, porém com regiões apresentando risco médio. O índice mais elevado do levantamento, realizado entre os dias 6 e 10 de fevereiro passado, é de 2,2% na região do Jardim Alvorada, Alvorada 2, Sumaré e Ebenezer. Nesta área a grande maioria dos focos, 75%, está em resíduos sólidos em quintais. “Não se trata de terreno baldio, mas em quintais de residências”, esclarece o secretário.

A segunda região com médio risco é o distrito de Iguatemi e São Domingos, com 1,7%, e com focos em resíduos, pratos de vasos e depósitos naturais – plantas. Na sequência, com 1,2%, ainda médio risco, aparece a região do Residencial Champagnat, João Paulino, Branca Vieira, Oásis, Pinheiros e Colina Verde, com 40% dos casos em resíduos, a mesma quantidade em barris e tinas e 20% em pratos de vasos.

Na região do Residencial Léa Leal, Vila Morangueira e Alvorada III o índice é de 1,1%, também de médio risco, com 50% dos focos em resíduos sólidos. A primeira região com baixo risco, com 0,7%, é a Vila Operária e Zona 8, onde 76% dos focos foram localizados em resíduos sólidos. A região do Cidade Nova, Cidade Jardim, Jardim Real, Mandacaru, Parque das Palmeiras e Monte Rei repete o índice de 0,7% com mais de 65% dos focos em pratos de vasos.

Também com 0,7% e mais de 40% dos focos em pratos de vasos aparece a região do Aeroporto, Vila Nova, Porto Seguro, Cidade Alta e Tarumã. A área central tem índice de 0,6% com 33% dos focos nos resíduos sólidos. Na região dos bairros Borba Gato, São Clemente, Itaipu e Floriano o índice foi de 0,5%, somando 50% dos focos em barris e tinas e os demais 50% em pneus.

PNEUS

O secretário Antônio Carlos Nardi observa que o trabalho realizado pelo Comitê e secretarias municipais reverteu a situação de proliferação de focos do mosquito em pneus em boa parte da cidade. “Mas ainda restam áreas onde o mosquito encontra condições de proliferação em pneus, e estamos trabalhando nessa situação”, adianta.

No campus da UEM, Vila Esperança e Jardim Universitário o índice é de 0,4%, e mais de 65% dos focos em pneus. “A UEM integra o Comitê de Combate à Dengue, e já realizou um arrastão no final de semana para eliminar os focos especialmente nos tonéis em obras dos blocos”, disse Nadi.

Com índice de infestação de 0,4% estão as regiões do Posto Duzentão, Grevileas, Parque Eldorado, Quebec, Herman Moraes Barros, Bandeiras, Diamente, Lice e Cidade Campo, onde 50% dos focos estão nos resíduos sólidos e outros 50% em tinas e tonéis de água. Também com 0,2% aparece a região dos bairros Cidade Monções, Zona 5, Fim da Picada e Recanto dos Magnatas, com 100% dos focos localizados em plantas.

A região do Jardim América, Parigot de Souza, Karina, Patrícia, Requião e Jardim Paulista aparece com índice de 0,2% e a totalidade dos focos em pratos de vasos de plantas. A região do Cemitério e Parque da Gávea apresenta índice de 0,2% e 100% dos focos em resíduos sólidos. Nas zonas 4 e 7, e na região do Hortência, Ney Braga e Coca Cola não foram localizados focos.

Nardi ressalta, no entanto, que o levantamento não localizar índice nem sempre significa a inexistência de focos do mosquito na região. “O levantamento é feito por amostragem, e podem existir focos sim, por isso as pessoas devem estar sempre alertas para eliminar água parada”, aconselha. Durante a apresentação do levantamento, foi divulgado o balanço dos casos, que até a última semana registrou 62 notificações e dois casos confirmados. Durante o ano passado foram 1120 notificações e 182 confirmados.

CARNAVAL

Na próxima sexta-feira, a Secretaria de Saúde e o Comitê Municipal de Combate à Dengue lançam, às 10 horas na Praça Raposo Tavares, a campanha Carnaval sem Dengue e sem Aids. Se trata de mais uma série de ações dentro de datas comemorativas para alertar as pessoas sobre o risco da dengue.

O secretário reforça que na semana passada, durante o reinício do ano letivo nas escolas municipais, foi lançada a campanha Volta às Aulas sem Dengue. “Preparamos os mais de 2,5 mil professores da rede municipal que durante todo o ano vão trabalhar o tema dengue com os alunos, e fechamos parceria com o Núcleo de Educação e o Sinepe que vão levar a campanha aos alunos da rede estadual e às escolas particulares”.

Para o Carnaval sem Dengue a Secretaria de Saúde e o Comitê da Dengue vão chamar a comunidade para o combate ao mosquito, especialmente neste período de temperaturas elevadas. “No Carnaval é grande o descarte de material que acumula água em locais públicos como copos e garrafas, sacos plásticos e outros objetos, e queremos conscientizar essas pessoas sobre esse problema e também quem viaja para não deixar condições para o acúmulo de água nas residências”, explica Nardi.