Catedral ganhará iluminação a led, espelhos d’água, chafarizes e anfiteatro
Maior monumento da América Latina, a Catedral terá espelhos d’água em três níveis, iluminação definitiva com projetores a led, anfiteatro para eventos e reurbanização.
Mantendo a cruz no ponto mais alto de Maringá, 124 metros, a Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória ganha até meados deste novo ano melhorias a altura de sua importância como templo e monumento mais visitado da região. Com licitação marcada para o final deste mês, a previsão é de que a reurbanização da primeira parte, entre a via asfaltada circundante e a Catedral, que terá a parte gramada substituída por piso de paver, seja iniciada já no início de fevereiro, com término previsto para o mês de junho.
O valor da obra de R$ 5 milhões - que atingirá em fase posterior toda a parte ajardinada até a Avenida Papa João XXIII, área total de 48.000m2, será bancado integralmente pelos cofres municipais, já que recurso para o sistema de iluminação definitiva acabou não sendo liberado pelo Ministério da Cultura. Para o prefeito Silvio Barros, a revitalização e modernização são inadiáveis: “A catedral e entorno compõem o cartão postal mais conhecido de Maringá, depois do Parque do Ingá. Como na reserva florestal herdamos também aqui problemas graves que nossa responsabilidade não permite postergar para futuros prefeitos”.
As soluções propostas foram transformadas em projeto pelo arquiteto Claudiney Vecchi. Para acabar com a infiltração prejudicial do grande volume de água de chuva que escorre pelo monumento, a solução foi ecológicamente correta: ela será canalizada diretamente para os três níveis dos novos espelhos d’água que começarão na base do templo e terão 26 metros de largura (profundidade de 20cm). Totalizando, serão 4.708m2 de espelhos d’água, mais que o dobro da área de 2.000m2 atual, cujas infiltrações e rachaduras impossibilitam o represamento. Outro cuidado importante: para evitar contaminação da água e que se torno um foco do mosquito transmissor da dengue, ela será filtrada, tratada, oxigenada e recirculada. O sistema controlado por computador contará ainda com iluminação submersa e quatro fontes luminosas.
Na parte voltada para a Avenida Cerro Azul, haverá uma grande anfiteatro ao ar livre com capacidade para 6 mil pessoas, com pontos para posicionamento de palco, tomadas de energia e caixas de som para atender a demanda de apresentações religiosas, abrindo espaço também para apresentações culturais e do interesse da sociedade. Para manter a integridade do monumento que todo ano era prejudicado por perfurações e material de enfeites natalinos – custo anual de R$ 300 mil a R$ 400 mil - a catedral terá sistema permanente de iluminação com sofwtare exclusivo. Composta por 202 projetores a led instalados sobre as capelas e no topo, possibilitando milhares de combinações e formas de apresentação.
Na terceira e última fase da obra, serão feitos dois memoriais contemplativos, a Leste e Oeste da catedral, os estacionamentos e vias para o trânsito de pessoas.
10º monumento do mundo
A Catedral Basílica de Maringá é a mais alta catedral da América Latina. Foi inspirada e idealizada na era dos "Sputniks" (a palavra "poustinikki" designa o peregrino que se afasta do mundo para ficar mais perto de Deus). Sua arquitetura é moderna e arrojada, foi idealizada por Dom Jaime Luiz Coelho e projetada pelo arquiteto José Augusto Bellucci. É o 10º monumento em altura no mundo e o segundo na América do Sul.De forma cônica, possui um diâmetro de 50 metros e uma nave única, circular, com diâmetro interno de 38 metros. O cone possui uma altura externa de 114 metros, sustentando uma cruz de 10 metros, perfazendo um total de 124 metros de altura. Sua capacidade é de 3.500 pessoas, que podem ser distribuídas em duas galerias internas superpostas.
A porta principal está voltada para o norte; a Capela do Santíssimo para o sol nascente e a do Batistério para o poente. Ao sul a grande porta que leva a cripta, onde serão sepultados os Bispos, e que está sob o altar mor. No interior dos dois cones a 45 metros de altura, encontra-se o ossário, com 1.360 lóculos, que os fiéis adquirem para guardar os restos mortais de seus entes queridos.
Sua pedra fundamental, um pedaço de mármore retirado das escavações da Basílica de São Pedro pelo Papa Pio XII, foi lançada em 15 de agosto de 1958 em cerimônia promovida pelo Bispo Diocesano, Dom Jaime Luiz Coelho, e presidida pelo então Arcebispo de Curitiba, Dom Manuel da Silveira D'Elboux. A catedral, dedicada a Nossa Senhora da Glória, foi construída no período de julho de 1959 a maio de 1972. Suas obras em concreto foram concluídas quase quatorze anos depois, em 10 de maio de 1972. A Catedral foi então consagrada no dia 3 de maio de 1981. Em 21 de janeiro de 1982 recebeu o título de Catedral Basílica Menor.
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